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Em agosto de 2024, o Governo de São Paulo publicou uma nota técnica com a recomendação para a suspensão do comércio e consumo de moluscos provenientes do litoral paulista, após a mancha ter sido observada em Cananeia, Peruíbe e Praia Grande. Organismo que causa a chamada ‘maré vermelha’ já foi registrado na Baixada Santista; foto ilustrativa
Gisela Bello/Arquivo Pessoal
Uma mancha avermelhada foi detectada por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no mar do litoral de São Paulo. Esse fenômeno, conhecido como maré vermelha, é causado pela concentração de microalgas Dinophysis acuminata, que oferece riscos à vida marinha e à saúde humana.
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A alta concentração das microalgas, segundo o biólogo Eric Comin, altera as condições ambientais ao reduzir o oxigênio na água, o que pode levar à mortalidade de peixes. As toxinas produzidas pelas algas, quando absorvidas por animais marinhos, como moluscos, e posteriormente consumidas por seres humanos, podem causar desde diarreias até, em casos mais graves, problemas respiratórios.
Em agosto de 2024, o Governo de São Paulo publicou uma nota técnica com a recomendação para a suspensão do comércio e consumo de moluscos bivalves (mariscos, mexilhões e ostras) provenientes do litoral paulista, após a mancha ter sido observada em Cananeia, Peruíbe e Praia Grande.
⚠️ riscos
Humanos
🔹Intoxicação alimentar: Quando há o consumo de mariscos (como moluscos e crustáceos), que se alimentam das microalgas, acumulando suas toxinas em seus tecidos. Por causar diarreia, náusea, vômito e dores abdominais.
🔹Efeitos neurológicos: Situação mais comum com outras microalgas, mas estas podem afetar o sistema nervoso, causado sintomas como formigamento, dificuldade de coordenação motora e, em casos graves, problemas respiratórios.
🔹Problemas respiratórios: A maré vermelha pode liberar toxinas no ar, que são dispersas quando as ondas quebram ou quando o vento as leva para a costa. Isso pode causar irritações nas vias respiratórias, como tosse, dificuldade para respirar e sintomas semelhantes aos de alergias.
Mar e animais
🔹Redução de oxigênio: O acúmulo das microalgas podem reduzir o oxigênio presente na água, o que aumenta a mortalidade de peixes e demais organismos marinhos.
🔹Acúmulo de toxinas: Algumas microalgas, como as do gênero Dinophysis, produzem toxinas que podem ser acumuladas nos organismos marinhos, principalmente nos moluscos.
🌎Imagens de satélite
Mancha avermelhada foi detectada por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no mar do litoral de São Paulo. A primeira imagem no topo esquerdo é ilustrativa
Reprodução/Unesco e Inpe/Divulgação
As imagens do satélites foram registradas próximo a São Sebastião entre dezembro do ano passado e e janeiro de 2025. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou que a concentração das microalgas já não é presente na região.
🔴 Maré vermelha
O biólogo Eric Comin explicou que a maré vermelha é um fenômeno natural que provoca manchas de coloração escura no mar, geralmente em tom avermelhado ou alaranjado.
“Essas manchas são causadas pelo crescimento excessivo de algas, que são microscópicas, presentes no plâncton marinho, processo chamado floração”, disse
Segundo o biólogo Eric Comin, a maré vermelha é causada pelo crescimento excessivo de algumas espécies de algas aquáticas, formando manchas de cores variadas. Esse fenômeno reduz o oxigênio na água, o que pode levar à morte de peixes e afetar a balneabilidade das águas, representando riscos à saúde humana.
Comin explicou que as algas acumulam toxinas que são prejudiciais à saúde humana e aos animais marinhos, como peixes, que se alimentam do fitoplâncton, afetando a cadeia alimentar e causando desequilíbrios nos ecossistemas.
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