Empresário é preso suspeito de vender armamento ilegal no Paraná


Segundo o MP, mais de 100 armas foram apreendidas e dois endereços do empresário foram interditados. Outros 30 mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra CACs em seis cidades do norte do PR. Lojista é investigado por vender armas e munição ilegalmente
Um empresário foi preso na manhã desta terça-feira (11), em Cornélio Procópio, norte do Paraná, em uma operação do Ministério Público que investiga o comércio ilegal de armas.
Dono de uma loja de armas e um clube de tiro na cidade, ele é suspeito de desviar e vender armamento ilegal. Mais de 100 armas foram apreendidas e os dois endereços do empresário foram interditados. Veja mais detalhes abaixo.
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A operação contou com o apoio do Exército Brasileiro e da Polícia Militar (PM).
Além disso, outros 30 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos contra pessoas com registros de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), nas cidades de Sertaneja, Uraí, Santa Mariana, Jataizinho, Primeiro de Maio e Londrina.
Segundo o promotor Guilherme Franchi, a investigação começou em 2022 e, a princípio, tinha o objetivo de combater o tráfico de drogas.
Contudo, durante uma operação em 2023, o celular de um dos envolvidos foi analisado, Nele, estavam conversas com o empresário que identificavam o comércio paralelo e ilegal de armas e munições, conforme Franchi.
“Do material apreendido, se chegou nesse CAC, que comprava munições ilegais do lojsta. Numa outra etapa da investigação, foram cumpridas buscas em relação a esse CAC e ao lojista. A operação de hoje é desdobramento dessas apreensões do CAC e do lojista que aconteceram em 2023. Era muito material, um celular com muita conversa, muitas situações ilegais e isso levou um certo tempo para ser analisado e organizar uma operação desse porte”, disse o promotor.
De acordo com o Ministério Público, o empresário preso também é CAC e ele tinha autorização para realizar a revenda das armas no comércio dele. Entretanto, o armamento negociado no esquema não tinha registro, por isso passou a ser investigado.
Mais de 10 armas e munições foram apreendidas durante a operação
Reprodução
Franchi explica que para ter acesso a nomenclatura de CAC é preciso se submeter a um rigoroso processo de credenciamento junto ao Exército. Só depois de aprovado, a pessoa passa a ter o direito de adquirir armas para atividades de tiro esportivo, caça ou coleção.
“Mesmo assim, isso não dá direito ao CAC de portar a arma de fogo. Isso é crime. Além disso, se essas pessoas forem flagradas com armas ilegais, também podem perder o direito de portar o armamento legalizado ao CAC”, explicou o promotor.
À RPC, a defesa do empresário disse em nota que as armas e as munições possuem registro, e que ele tem autorização pra comercializar os itens. Ainda afirmou que demais detalhes sobre o caso serão manifestados durante o processo.
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