Neste dia 11 de setembro de 2024, também é lembrado o início do caso do Diamante Hope. Durante a Revolução Francesa, já com o rei Luís XVI e a rainha Maria Antonieta na prisão, as joias da coroa desapareceram num roubo efetuado no dia 11 de Setembro de 1792. O diamante azul desapareceu e passou para sucessivos donos posteriormente.A história do Diamante Hope é cercada de mortes, falências e acontecimentos sobrenaturais ao longo de quatro séculos. Em 10 de novembro de 1958, o cristal de tom azul foi doado ao Instituto Smithsonian e, por lá, passou a ser a atração principal. Misteriosa e amaldiçoada, a peça tem atualmente 45,22 quilates e vale 350 milhões de dólares.A versão mais conhecida da origem do diamante é a do historiador Richard Kurin, que acredita que o valioso objeto foi adquirido em 1666, pelo comerciante francês Jean-Baptiste Tavernier, que o levou para Paris. Este diamante azul também é relacionado a lenda que foi utilizado para decorar os olhos da estátua da deusa Sita, que remete à boa fortuna, prosperidade, sucesso, felicidade, admirada e adorada por todos os mineiros da região de “Kollur” perto do rio “Krishina, na Índia.A lenda conta que após o roubo da joia na Índia, os nativos colocaram uma espécie de maldição em todos aqueles que possuíssem a pedra na sequência.Oriunda da mina de Kollur, no distrito de Guntur, em Andhra Pradesh, a relíquia foi comercializada em meio a outras pedras para o então Luís XIV, o eterno rei sol, da França.Em 1678, o monarca decidiu esculpir a pedra através de seu joalheiro e construiu um formato diferente. Ela, então, passou a ser conhecida como Diamant Bleu da Couronne de France (Diamante Azul da Coroa da França). Na ocasião, o rei costumava utilizá-lo em sua gravata.O cristal, portanto, permaneceu na realeza francesa por mais de um século e foi utilizado tanto por Luís XVI como por Maria Antonieta. Os membros da família real foram presos, e as joias roubadas. Luis e Antonieta foram guilhotinados e a sentença ficou marcada na história.O Diamante Azul desapareceu naquela época e ficou décadas sem ter seu paradeiro descoberto. No século XIX, em 1812, a pedra foi encontrada por Daniel Eliason, um comerciante inglês, que a adquiriu de John Francillon. Francillon morreu na prisão, enquanto Eliason tirou a própria vida. Antes disso, vendeu o diamante para George IV, do Reino Unido.Contudo, o rei morreu afundado em dívidas e teve boa parte de seus bens vendidos. Entre eles, estava a misteriosa joia, que passou para as mãos do colecionador Henry Philip Hope. A família Hope colecionava terras, obras de arte, castelos e pedrarias milionárias. Além disso, influenciava o governo e tinha muito poder na Inglaterra e no exterior, porém também perdeu posses. Com o passar dos anos, o objeto ficou em posse de Lord Francis Hope, que também teve um fim trágico. Ele se endividou e teve que vender tudo, inclusive a peça, por causa de uma aposta mal-sucedida em uma corrida de cavalos. A série dirigida por Stuart Paton, contou a história do famoso diamante. A maldição da peça também chegou à vida da escritora, que morreu em 1938 na miséria. Com a má fama, o valor da joia despencou, mas os irmãos Cartier, de Paris, a compraram. Ambos revenderam a pedra por uma quantia milionária, misturando a origem verdadeira com outros elementos para fazer com que o rico casal Evalyn e Ned McLean a adquirisse, em 1910.Depois de nove anos ostentando o diamante, a família sofreu um duro golpe com um dos filhos dos Mclean, de apenas 10 anos, morto após um atropelamento em Washington D.C. O ocorrido ganhou destaque na mídia. As consequências da maldição devastaram a família, visto que Evalyn enlouqueceu, enquanto Ned perdeu sua fortuna. Ele teve que penhorar a famosa pedra para arrecadar uma quantia e expôs o diamante amaldiçoado para quem quisesse segurá-lo. A maldição parecia ter chegado ao fim, até que Evie, filha deles, cometeu suicídio. Com mais uma perda, Evalyn logo faleceu, e em seguida o objeto foi vendido para Harry Winston. Apesar de Winston não acreditar na maldição e atribuí-la à coincidência, doou a peça ao Museu de História Nacional, convencido por George Switzer, mineralogista do Instituto Smithsonian.A doação aconteceu em 10 de novembro de 1958 por meio de uma caixa simples de correio. Desde então, a peça segue no Museu de História Natural do Instituto Smithsonian, nos Estados Unidos. Duas décadas após a doação, Winston morreu de um ataque cardíaco.“Desde a chegada do Diamante Hope, a Coleção Nacional de Gemas tem crescido constantemente em tamanho e estatura e hoje é considerada por muitos como a melhor exibição pública de gemas do mundo. Para o Smithsonian, o diamante Hope obviamente tem sido uma fonte de boa sorte”, disse o curador Jeff Post.