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‘Luzes do Arco-Íris’ foi produzido com recursos destinados pela Lei Paulo Gustavo, e retrata os últimos momentos de Fernanda Machado antes de ser assassinada em 2020. Lançamento contou com exibição gratuita no Cineteatro Recreio. Travesti foi morta a pauladas em Rio Branco em 2020
Arquivo pessoal
Estreou em Rio Branco o curta-metragem Luzes do Arco-Íris, que conta a história de Fernanda Machado, uma mulher trans que foi morta a pauladas em junho de 2020 na capital acreana. O lançamento do projeto contou com uma exibição gratuita no Cineteatro Recreio nessa quarta-feira (5).
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A produção foi rodada com recursos destinados pela Lei Paulo Gustavo, e, em 15 minutos, retrata os últimos momentos de Fernanda antes dela ser assassinada. Também estão previstas exibições em comunidades da capital acreana, em datas a serem divulgadas.
O curta conta com direção de Bismarck Moura, que também assinou o roteiro em parceria com Carlos Eduardo Paiva.
“Enquanto trabalha em um ponto de prostituição, Femanda é abordada por duas pessoas que a acusam injustamente de ter furtado um celular. Mesmo negando a acusação, ela se torna vítima de uma brutalidade impiedosa, espancada ate a morte sob a escuridão da noite”, cita a sinopse do curta.
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Ainda em agosto de 2020, dois suspeitos foram presos pelo crime: Rafael Kewiw Braga e Vitor Alexandre, que acabaram condenados a penas individuais de 19 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de tortura com resultado de morte, corrupção de menor e organização criminosa.
Desde então, o nome de Fernanda sempre é lembrado em ações de ativismo e conscientização contra a violência e intolerância.
“Entre lampejos de sua vida e os segundos que se arrastam no confronto final, o filme joga luz sobre a desumanização enfrentada pelas travestis em uma sociedade que prefere silenciá-las”, acrescenta.
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Representação premiada
Brenn além de dirigir a peça, também é atriz do espetáculo
Arquivo pessoal
O curta-metragem é mais uma representação artística da trajetória de Fernanda. Com um espetáculo que retrata a história de vida dela, o coletivo teatral acreano “Es Tetetas” venceu o prêmio de diversidade cultural Sérgio Mambert, na categoria de grupos coletivos e instituições privadas sem fins lucrativos de natureza ou finalidade cultural LGBTQIAPN+ da região Norte.
O resultado do concurso, promovido pelo Ministério da Cultura, por meio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC).
Através do espetáculo “Faces Distópicas”, representando as várias fases da transfobia e de distopia social, que atravessam o corpo vivo de pessoas trans e travestis na sociedade brasileira, a diretora Brenn Souza inscreveu a peça que retrata a violência vivida pela comunidade.
“A partir disso, eu, enquanto dramaturga e atriz do espetáculo, decido montar esse texto, essa dramaturgia, em memória de Fernanda e falar sobre a vivência de pessoas trans e travestis na sociedade brasileira. E aí transita entre a loucura, a sanidade, o real e a ficção”, explica ela.
De acordo com Brenn, a peça revela as várias faces da transfobia. Esse é um espetáculo de teatro juvenil e adulto, e tem a classificação indicativa de 16 anos.
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