TRE anula cassação de prefeita reeleita por suspeita de compra de votos em MT


Maria Azenilda Pereira (Republicanos) teve o registro de candidatura cassado em novembro de 2024. Membros do Tribunal Regional Eleitoral alegaram falta de provas. Maria Azenilda Pereira foi reeleita prefeita de Barra do Bugres
Reprodução
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) anulou a sentença de cassação do registro de candidatura da prefeita reeleita Maria Azenilda Pereira (Republicanos), em Barra do Bugres, a 169 km de Cuiabá, por suspeita de compra de votos. A decisão foi determinada durante a sessão plenária realizada nesta quinta-feira (6).
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Os membros da corte acolheram por unanimidade o cerceamento de defesa, ou seja, improcedente por falta de provas.
Ao g1, a defesa da prefeita e do vice-prefeito, Arthur José Franco Pereira, considerou a decisão acertada e declarou que estão convictos da honestidade nas ações e verdade será esclarecida na nova oportunidade que eles terão para se defender.
Um novo julgamento de mérito deve ser realizado em breve, para aguardar a conclusão da perícia do celular de Luciana Viana da Silva, eleitora que, segundo a ação, recebeu proposta de R$ 2 mil do filho de Maria Azenilda, Carlos Luiz Pereira Neto, conhecido como Cacá, em troca de voto e apoio político para a mãe, enquanto ela concorria à reeleição ao cargo de prefeita.
Na ação constava ainda que Arnaldo Pereira, pai de Carlos e marido de Maria Azenilda, e Rosandria Cardoso da Silva, mulher de Arthur, teriam oferecido benefícios à Luciana, tais como a construção de um muro na casa dela e um emprego melhor para que Luciana votasse na chapa.
O TRE também irá intimar os participantes para manifestação a respeito dos documentos apresentados. Os envolvidos terão o prazo de dois dias para apresentar alegações finais.
Entenda o caso
Em novembro de 2024, a Justiça Eleitoral cassou o registro de candidatura da prefeita por suspeita de compra de votos. Ela também foi condenada à inelegibilidade por 8 anos e ao pagamento de multa de R$ 200 mil. A decisão foi do juiz Arom Olímpio Pereira, que chegou a determinar a realização de novas eleições em janeiro de 2025.
Além de Maria Azenilda, o vice-prefeito também teve o registro de candidatura cassado e foi condenado a ajudar a pagar a multa de R$ 200 mil.
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