Oito argentinos e um brasileiro trabalhavam na colheita da uva com remuneração abaixo da prometida e alojamentos precários. Alimentação só era disponibilizada se cumprissem a jornada. Um homem chegou a ser preso, mas foi solto após pagar fiança. Alojamento oferecido para trabalhadores em Flores da Cunha foi considerado precário pelo MTE
MTE/Divulgação
Nove pessoas foram resgatadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de uma propriedade rural em Flores da Cunha, na Serra do RS, na madrugada deste domingo (2). Um homem, que seria o responsável pelo local, foi preso em flagrante e liberado após pagar fiança.
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A identidade do homem preso não foi divulgada, mas a reportagem apurou que se trata de Fabiano Stuani. O g1 entrou em contato com a defesa de Stuani, que afirmou que só irá se manifestar nos autos do processo.
De acordo com o MTE, os homens resgatados tinham entre 19 e 29 anos e trabalhavam na colheita da uva em situação classificada como análoga à escravidão pois, segundo a investigação, atuavam com a promessa de pagamentos semanais, alimentação e alojamento, mas passaram a ganhar menos do que o combinado após o início dos trabalhos e estavam sem receber havia duas semanas.
A fiscalização também apurou que os funcionários estavam alojados em situação precária e só teriam direito à alimentação se cumprissem a jornada de trabalho.
Os próprios trabalhadores denunciaram a situação à Brigada Militar, que acionou a Polícia Federal e o MTE.
Oito deles eram argentinos, e um brasileiro.
Os nove trabalhadores prestaram depoimento na terça-feira (4) e foram enviadas pelo MTE de volta para casa em seguida.
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