Queda de produção foi provocada pelas mudanças climáticas, como ondas de calor extrema, que prejudicou a produção. Produção de café do tipo arábica teve redução de mais de 3,1% em Minas Gerais
A produção do café arábica, principal variedade plantada em Minas Gerais, teve uma redução de mais de 3,1% em comparação ao total colhido na safra anterior. As informações foram divulgadas no 4º levantamento da Safra Brasileira de Café 2024, feito pela Companhia Nacional de Abastecimento, a CONAB.
📲 Participe do canal do g1 Sul de Minas no WhatsApp
Esse balanço da CONAB aponta que a queda foi provocada pelas mudanças climáticas. Isso porque as primeiras floradas vieram em agosto e setembro do ano passado. Só que em outubro e novembro de 2023, houve episódios de ondas de calor extremo, o que prejudicou a produção.
O cenário só não se tornou mais preocupante, porque a partir da segunda quinzena de dezembro de 2023, houve o retorno das chuvas mais regulares e também com volumes maiores.
Levantamento da Conab aponta queda na produção de café
Reprodução EPTV
A queda da produção contribui para que a saca do café arábica se mantenha um pouco acima dos R$ 2 mil.
“Sim, na verdade essa conjuntura de safras um pouco menores, expectativas também de safras futuras um pouco menor, elas dão sustentabilidade aos preços. Um outro fator importante é a questão cambial. Nós sofremos uma desvalorização bastante importante do câmbio, a desvalorização do real, e isso para o consumidor brasileiro é negativo, porque essa é uma commodity com preços determinados nas praças, no mercado internacional. Então isso de fato impacta preços internamente”, disse o professor de economia da Unifal, João Marcos Caixeta Franco.
Ainda conforme o professor, esse cenário deve impactar e manter altos os preços do produto encontrados nas prateleiras.
“Sim, o preço do pote de café subiu ao longo dos meses passados justamente em decorrência disso. Os fatores que citamos, ou seja, estoque, produção atual e expectativa de safra futura, foram todos eles, digamos assim, atingidos pela conjuntura de redução de safra. Então isso se traduz num preço maior do produto, tanto internamente quanto externamente. Mas na verdade, o fator variação cambial foi prejudicial para o consumidor brasileiro, ainda que seja benéfico para o produtor na formação da sua renda, no investimento que faz para que a produção se efetive e tenhamos né, safras futuras”, completou o professor de economia.
Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas