O que é o termo ‘Blue Monday’, considerado o dia mais triste do ano

O termo “Blue Monday” ou, Segunda-Feira Azul (azul do inglês – triste) significa que o dia mais triste do ano cai na terceira segunda-feira de janeiro, ou seja em 20 de janeiro. Esse termo foi instituído pelo psicólogo britânico Cliff Arnall, em 2005.

Para determinar o dia mais triste do ano, o psicólogo utilizou uma “fórmula matemática” que considerou o clima (dia curto, nebulosidade), fatores psicológicos (perda da euforia natalina, promessas não cumpridas de Ano-Novo) e fatores econômicos (sensação de falta de dinheiro depois de gastar dinheiro nas férias).

A Blue Monday (segunda-feira triste) foi uma ideia de marketing para uma empresa de viagens. Arnall deveria então sugerir um dia melhor para reservar ou comprar passagens para diminuir a sensação do dia mais triste do ano.

na foto aparece um homem bastante preocupado no dia mais triste do ano

Homem bastante preocupado durante o dia – Foto: Freepik/ND

“Na verdade, esta é uma tática de marketing. Era para aumentar as vendas de viagens. A Segunda-feira Azul é um mito que não é apoiado por pesquisas científicas”, disse Tomasz Rachwalski, ele organiza algumas iniciativas relacionadas à saúde mental em Cracóvia, na Polônia, incluindo um seminário para residentes na Segunda-Feira Azul.

Na opinião dele, acreditar no dia mais triste do ano pode ser prejudicial porque muitas pessoas a utilizam para explicar o motivo do mau humor.

“Existe o risco de usarmos a Segunda-feira Azul para justificar a preguiça, a falta de motivação, a falta de fé nas ações que realizamos todos os dias” disse o psicólogo.

O dia mais triste do ano

De acordo com o psicólogo, a vantagem de incluir o termo nos dicionários pode ser para chamar atenção para problemas de saúde mental e tomar ações para cuidar deles.

No dia mais triste do ano, o efeito Golem, que pode entrar em ação. O psicólogo Tomasz Rachwalski alertou para não sucumbir ao efeito Golem, conhecido na psicologia.

“Se eu convencer meu cérebro de que algo ruim vai acontecer na sexta-feira 13, todas as minhas ações serão voltadas para a confirmação dessa tese”, explicou.

Rachwalski observou que, ao contrário da Segunda-feira Azul, o TAS (Transtorno Afetivo Sazonal) tem base científica, ou seja, transtorno afetivo sazonal e é conhecido como depressão sazonal, descrito na década de 1980.

Ele envolve transtornos de humor relacionados às estações. Não dura um dia, mas um determinado período de tempo, por exemplo, em janeiro.

Depressão sazonal causada no inverno

No inverno, a depressão sazonal é causada pela redução da exposição solar, o que perturba o funcionamento do cérebro, especificamente do hipotálamo.

Como resultado, o nível de melatonina, que é o hormônio do sono, aumenta e leva à sonolência excessiva, distúrbios do ritmo do sono e fadiga crônica.

na foto aparece o homem bastante triste e preocupado no dia mais triste do ano

Homem triste e preocupado – Foto: Freepik/ND

Existe também a diminuição do nível de serotonina secretada pela glândula pineal, causando, por exemplo, irritabilidade e tendência a comer demais. A depressão sazonal é mais frequentemente sofrida por pessoas entre 20 e 30 anos. Segundo estimativas, ocorre em 2-4%. população.

“Vale a pena realizar ações em janeiro para regular os níveis de melatonina e serotonina” incentiva a psicólogo.

Existem quatro métodos utilizados pelo psicólogo para regular os hormônios que influenciam o nosso humor.

  • Cuidar das relações sociais,
  • Criar hábitos relacionados à atividade física,
  • Treinamento de gratidão
  • e ajudar os outros.

Construir relações sociais envolve manter contatos com outras pessoas que têm influência positiva sobre nós. De acordo com especialistas, uma conversa curta e positiva com uma pessoa desconhecida pode melhorar o seu humor.

A atividade física também tem um impacto comprovado na secreção de hormônios responsáveis pelo humor. Caminhar, marchar, andar de bicicleta, nadar, dançar e outras formas regulares de exercício diminuem o risco de depressão.

Gratidão é, segundo o psicólogo, mudar sua perspectiva e valorizar o que você tem.

“Se não conseguimos imaginar coisas pelas quais somos gratos, vale a pena mudar a nossa perspectiva e visitar um local onde acontece um mundo paralelo, por exemplo, uma enfermaria de oncologia, um hospício ou uma casa de assistência social”, aconselhou Rachwalski.

Segundo o especialista, ajudar o próximo aumenta nossa autoestima subjetiva.

“O ego faz parte da nossa personalidade, nós o protegemos. Se fizermos algo de bom para alguém, por exemplo, ajudá-lo a descer do ônibus ou fazer compras, nós mesmos nos sentiremos melhor”, observou o psicólogo.

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