Neste sábado (18), policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prenderam um tenente da Polícia Militar, suspeito de dirigir o carro usado na execução de Vinícius Gritzbach, delator do PCC, no Aeroporto Internacional de São Paulo em novembro do ano passado. Com isso, sobe para 16 o número de agentes de segurança presos por envolvimento no caso.
Em nota enviada ao Portal iG, a Secretaria da Segurança Pública informou que o policial informou que a prisão foi “solicitada pela Força-Tarefa do DHPP, que investiga o homicídio ocorrido no dia 8 de novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de Guarulhos”.
“O tenente é investigado por supostamente ser o condutor do veículo VW Gol preto utilizado na execução do crime. Ele foi localizado e preso no bairro Jardim Umuarama, em Osasco, e conduzido à sede do DHPP, onde teve sua prisão formalizada e outros procedimentos de Polícia Judiciária realizados. Após a formalização, ele será encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes (PMRG)”, diz a nota da polícia.
“Por determinação judicial, a Corregedoria da Polícia Militar acompanhou as buscas e a prisão, em razão do envolvimento de um oficial da corporação”, diz.
16 PMs presos
Na quinta-feira (16), a Corregedoria da Polícia Militar prendeu outros 15 policiais militares suspeitos de envolvimento no crime, “sendo 14 deles por fazer a escolta ilegal da vítima, e um apontado como o autor dos tiros que mataram Gritzbach”, diz a nota.
No mesmo dia, a namorada do suspeito apontado como o “olheiro”, que resultou na morte do homem, também foi presa. Segundo a polícia, ela também está envolvida com o tráfico de drogas.
Na sexta-feira (17), um homem, de 22 anos, também foi preso suspeito de participar do homicídio. “O suspeito é investigado por ter relação com o olheiro, que está foragido. Ele havia sido preso em dezembro por policiais da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), mas foi solto em audiência de custódia”, diz a nota da polícia.
Relembre o caso
Gritzbach era acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para a facção. Na delação premiada assinada com o Ministério Público, ele entregou o nome de pessoas ligadas ao PCC e também acusou policiais de corrupção.