![](https://s2-g1.glbimg.com/Lr2A5c0JlzuqGZxGaM1aA6khmKk=/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/o/o/XNZc5BT9ehwxFNld0YQA/ilustra-feminicidio-frame-458.png)
Caso aconteceu em São Francisco de Assis, em janeiro de 2025. Mulher de 32 anos foi baleada na frente de casa, conseguiu fugir e foi novamente atacada em frente a hospital. Homem persegue e mata ex-companheira no RS
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou, na segunda-feira (10), um homem de 26 anos pelo feminicídio de Paola Muller, de 32 anos, no dia 27 de janeiro, em São Francisco de Assis, na Fronteira Oeste do RS. Relembre o caso abaixo.
O crime aconteceu em frente a um hospital da cidade, onde a vítima buscava atendimento médico.
📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp
De acordo com a denúncia apresentada pelo promotor de Justiça César Augusto Pivetta Carlan, o crime foi motivado por questões de gênero. Além disso, foi qualificado por motivo torpe, emboscada, perigo comum e pela presença do filho da vítima, de apenas seis anos.
O acusado, identificado como Alan Rodrigues, também responderá por tentativa de homicídio qualificado contra um amigo de Paola, que a levava para o hospital no momento do ataque. Ainda, foi denunciado pelo descumprimento de medidas protetivas e por ameaças contra a mãe da vítima.
O MPRS solicitou reparação mínima pelos danos causados: R$ 100 mil para o filho de Paola e R$ 10 mil para cada uma das outras vítimas (o amigo e a mãe da Paola).
“Posso afirmar com convicção que esse crime mostra o que há de pior na sociedade, considerando a existência de algumas manifestações em postagens nas redes sociais defendendo a prática do feminicídio, o que não pode ser de maneira nenhuma admitido. Esse crime acendeu mais um alerta, de que não podemos ignorar os altos índices envolvendo violência doméstica”, disse a promotora de Justiça Carolina Reinheimer.
A reportagem não localizou a defesa de Alan Rodrigues, que está preso.
O caso
Homem mata ex-companheira na frente de hospital em São Francisco de Assis
Polícia Civil
A mulher, que teria sido perseguida e morta a tiros pelo ex-companheiro, já havia sido ameaçada pelo suspeito e tinha medida protetiva contra ele. A informação foi confirmada à RBS TV pelo delegado Marcelo Batista, titular de São Francisco de Assis, onde aconteceu o crime.
“Ela tinha uma medida protetiva desde quinta-feira da semana passada, que foi concedida para ela em razão de uma agressão que ocorreu na quarta-feira. Ele tentou entrar na casa da vítima, forçando a porta e acabou quebrando o vidro”, explicou o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, havia uma disputa entre Paola e Alana pela guarda do filho. Na mesma semana em que houve a agressão e em que foi concedida a medida protetiva, o sistema judiciário havia decretado que a guarda ficaria com a mulher.
Conforme Batista, Paola chegava em casa quando foi baleada pela primeira vez pelo homem. O crime teria sido cometido na frente do filho do casal, de 6 anos.
Ela teria tentado fugir com a ajuda de um vizinho. Ela foi resgatada de carro por ele, que buscou socorro no hospital da cidade. No entanto, o suspeito do crime perseguiu o veículo e matou a ex-companheira em frente ao hospital.
Câmeras de segurança do hospital registraram o momento em que o homem chega ao local em uma motocicleta, desce e atira com uma arma de fogo na direção de Paola, que está dentro do carro. Em seguida, ele foge. Paola morreu na hora.
O suspeito de cometer o crime foi preso em seguida.
Confissão nas redes sociais
Após cometer o crime, o homem publicou um texto em suas redes sociais confessando. Na publicação, ele alegou que perdeu a guarda do filho e mencionou conflitos no relacionamento com Paola como motivação.
VÍDEOS: Tudo sobre o RS