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STEPHANE DE SAKUTIN <\/p>\n
O n\u00famero de execu\u00e7\u00f5es no mundo alcan\u00e7ou seu n\u00edvel mais alto em uma d\u00e9cada, sendo particularmente elevado em Ir\u00e3, Iraque e Ar\u00e1bia Saudita, segundo o relat\u00f3rio anual da Anistia Internacional (AI) sobre a pena de morte publicado nesta ter\u00e7a-feira (8, data local).<\/p>\n
A organiza\u00e7\u00e3o de defesa dos direitos humanos, com sede em Londres, registrou 1.518 execu\u00e7\u00f5es em 2024, o que representa um aumento de 32% em compara\u00e7\u00e3o com 2023.<\/p>\n
Al\u00e9m disso, este \u00e9 o segundo maior n\u00famero registrado desde 2015, quando 1.634 pessoas foram executadas.<\/p>\n
A China, o pa\u00eds que realiza a maior quantidade de execu\u00e7\u00f5es no mundo, segundo a Anistia Internacional, n\u00e3o foi inclu\u00edda neste relat\u00f3rio devido \u00e0 falta de informa\u00e7\u00f5es dispon\u00edveis, assim como a Coreia do Norte e o Vietn\u00e3.<\/p>\n
Pelo segundo ano consecutivo, o n\u00famero de pa\u00edses que realizam execu\u00e7\u00f5es \u00e9 o menor j\u00e1 registrado, 15.<\/p>\n
“A pena de morte \u00e9 um crime atroz que n\u00e3o tem lugar no mundo atual”, declarou a secret\u00e1ria-geral da AI, a francesa Agn\u00e8s Callamard.<\/p>\n
Segundo essa ONG, Ir\u00e3, Iraque e Ar\u00e1bia Saudita foram respons\u00e1veis, no ano passado, por 91% das execu\u00e7\u00f5es conhecidas.<\/p>\n
“Enquanto alguns pa\u00edses, que segundo n\u00f3s s\u00e3o respons\u00e1veis por milhares de execu\u00e7\u00f5es, continuam escapando do escrut\u00ednio ao cultivarem o secretismo, \u00e9 evidente que os que mant\u00eam a pena de morte constituem uma minoria”, acrescentou Callamard.<\/p>\n
– Ir\u00e3 no topo da lista –<\/p>\n
O Ir\u00e3, por si s\u00f3, representa 64% das execu\u00e7\u00f5es conhecidas, com 972 pessoas em 2024.<\/p>\n
Na Ar\u00e1bia Saudita, onde ocorrem decapita\u00e7\u00f5es, as execu\u00e7\u00f5es dobraram, passando de 172 para 345, enquanto no Iraque aumentaram em quase quatro vezes, de 16 para 63, segundo a AI.<\/p>\n
A organiza\u00e7\u00e3o acusa alguns pa\u00edses de instrumentalizarem a pena de morte contra manifestantes e certos grupos \u00e9tnicos.<\/p>\n
O Ir\u00e3 “persistiu” com o uso da pena de morte para punir participantes do movimento “Mulher, vida, liberdade” de 2022, inclusive contra um jovem com defici\u00eancia mental, segundo a AI.<\/p>\n
A Ar\u00e1bia Saudita seguiu utilizando a pena capital para silenciar os dissidentes pol\u00edticos e punir os membros da minoria xiita que apoiaram as manifesta\u00e7\u00f5es h\u00e1 10 anos, acrescenta a Anistia.<\/p>\n
“Aqueles que se atrevem a desafiar as autoridades enfrentam o castigo mais cruel, especialmente no Ir\u00e3 e na Ar\u00e1bia Saudita, onde a pena de morte \u00e9 utilizada para silenciar quem tem coragem de se expressar”, assinalou Callamard.<\/p>\n
Segundo o relat\u00f3rio, 25 pessoas foram executadas nos Estados Unidos em 2024, uma a mais que em 2023.<\/p>\n
Os crimes relacionados \u00e0s drogas representam mais de 40% das execu\u00e7\u00f5es no mundo, afirma a ONG.<\/p>\n
Maldivas, Nig\u00e9ria e Tonga est\u00e3o considerando introduzir a pena capital para crimes relacionados com as drogas, indica a Anistia.<\/p>\n
Rep\u00fablica Democr\u00e1tica do Congo e Burkina Faso anunciaram sua inten\u00e7\u00e3o de restabelecer as execu\u00e7\u00f5es por crimes comuns, explica a AI.<\/p>\n
Atualmente, 145 pa\u00edses proibiram a pena de morte ou n\u00e3o a aplicam, segundo a organiza\u00e7\u00e3o de defesa dos direitos humanos.<\/p>\n<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Segundo a Anistia Internacional, 1.518 execu\u00e7\u00f5es foram registradas em todo o mundo em 2024STEPHANE DE SAKUTIN STEPHANE DE SAKUTIN O n\u00famero de execu\u00e7\u00f5es no mundo alcan\u00e7ou seu n\u00edvel mais alto em uma d\u00e9cada, sendo particularmente elevado em Ir\u00e3, Iraque e Ar\u00e1bia Saudita, segundo o relat\u00f3rio anual da Anistia Internacional (AI)… Continue lendo