A manhã deste domingo (18) trouxe uma triste notícia para os amantes do cinema das décadas de 1960 e 1970: o ator Alain Delon morreu aos 88 anos em sua casa, em Douchy, a 130 km de Paris, França, conforme anunciado por seus três filhos.
Em nota à imprensa, a família informou que Delon morreu tranquilamente, rodeado por seus entes queridos. Eles também pedem que sua privacidade seja respeitada neste momento de luto.
Nota na íntegra
“Alain Fabien, Anouchka, Anthony e seu cão Loubo lamentam profundamente a perda de seu pai. Ele faleceu tranquilamente em sua casa em Douchy, cercado por seus três filhos e pela família. Pedimos que respeitem nossa privacidade neste momento de dor extrema.”
Alain Delon sofria com problemas de saúde
Delon, um dos maiores galãs do cinema entre os anos 1960 e 1970, enfrentava problemas de saúde desde que sofreu um derrame em 2019, o que limitou suas atividades e o impediu de sair de casa.
Em março deste ano, seu filho revelou que Delon considerava recorrer ao suicídio assistido, permitido na Suíça, devido às sequelas do derrame.
Uma carreira inesperada
Apesar do sucesso, Delon afirmou em várias entrevistas que nunca planejou ser ator. Sua aparência e talento o levaram ao estrelato em filmes lendários.
“Eu nunca sonhei com essa carreira; ela simplesmente aconteceu. Eu não fui feito para ser Alain Delon. Eu deveria ter morrido há muito tempo. Isso se chama destino”, disse o ator.
Delon teve uma infância difícil, marcada pelo divórcio dos pais quando ele tinha 4 anos. Após isso, foi criado por uma babá casada com um guarda de prisão, o que fez com que ele passasse parte de sua juventude dentro dos muros da prisão de Fresnes.
Sua carreira decolou em 1959 com “O Sol por Testemunha”, seguido por filmes icônicos como “Rocco e Seus Irmãos”, “O Leopardo”, “O Samurai”, “A Piscina” e “Cidadão Klein”. Em 1997, Delon anunciou sua aposentadoria, mas retornou às telas em 2008 como Júlio César no filme “Asterix nos Jogos Olímpicos”.