Um dos maiores comunicadores do Brasil, Silvio Santos, morreu na madrugada deste sábado (17), em São Paulo, aos 93 anos.
No fim do mês de julho, Silvio contraiu H1N1 e precisou se internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele teve alta, mas voltou para a internação no dia 1º de agosto, devido às complicações da doença, onde estava desde então.
O perfil oficial do SBT lamentou a morte no Instagram.
“Para nós, o Senor Abravanel é ainda mais especial e somos muito felizes pelo presente que Deus nos deu e por todos os momentos maravilhosos que tivemos juntos.Aquele sorriso largo e voz tão familiar será para sempre lembrada com muita gratidão.Descansa em Paz que vc sempre será eterno em nossos corações”, publicou a emissora.
Carreira de Silvio Santos
Senor Abravanel nasceu em 12 de dezembro de 1930, no Rio de Janeiro, filho do imigrante grego Alberto Abravanel, natural de Salônia, e da turca Rebeca Abravanel, natural de Esmirna.
Conforme a bacharel em Biblioteconomia, Dilva Frazão, Silvio fez o primário na Escola Primária Celestino da Silva e depois ingressou na Escola Técnica de Comércio Amaro Cavalcanti, onde se formou em Contabilidade.
Antes mesmo de se formar, começou a trabalhar aos 12 anos, na loja de lembrancinhas do pai, no Rio de Janeiro. Aos 14, se tornou camelô, onde aprimorou suas habilidades de comunicação e potência da voz.
Aos 18 anos, Senor serviu ao Exército Brasileiro, na Escola de Paraquedistas em Deodoro, ao mesmo tempo que começou a frequentar a Rádio Mauá, onde o locutor principal era Celso Teixeira.
O carioca pediu para começar a trabalhar no local, de graça, e recebeu um programa dominical. Quando pode sair do Exército, já tinha experiência como locutor e passou por diversas rádios: Tupi, Continental e Nacional.
Mesmo com os trabalhos na comunicação, ele nunca deixou o de vendedor para conseguir dinheiro extra e adotou o nome Silvio Santos, segundo ele, porque “os santos ajudam”.
Em 1956, Silvio Santos assumiu o Baú da Felicidade, que virou “BF Utilidades Domésticas e Brinquedos” em 1963. A empresa, que começou vendendo carnês de pequenas mercadorias, passou a sortear casas após administração do empresário.
Com o passar dos anos, os empreendimentos de Silvio só cresciam e ele criou empresas para auxiliá-lo nos negócios, entre elas: Publicidade Silvio Santos Ltda., uma companhia de seguros, uma construtora, uma financeira, uma concessionária de carros, uma seguradora, entre outras.
Ao mesmo tempo que assumiu o Baú da Felicidade, Silvio estreou na TV Paulista com o programa noturno “Vamos Brincar de Forca”. Cinco anos depois, criou um programa dominical com brincadeiras e prêmios, com base no Baú.
A atração foi um sucesso e em pouco tempo, o Programa Silvio Santos assumiu as tardes do domingo. Quando a Globo comprou a TV Paulista, em 1966, o programa continuou.
Contudo, em 1972, Silvio teve a oportunidade de comprar 50% da TV Record, o que ocorreu em 22 de outubro de 1975. Foi assim que, em 1981, entrou no ar a Rede SBT.
Doze anos depois, o Programa Silvio Santos entrou para o Guinness Book, o livro dos recordes mundiais, como “o programa mais duradouro da televisão brasileira”. Na época, a atração estava no ar há 31 anos.
Foi apenas na pandemia da covid-19 que Silvio Santos deixou de apresentar o programa nas tarde de domingo, que agora é comandado pela filha, Patrícia Abravanel.
Família
Entre 1962 e 1977, Silvio foi casado com Maria Aparecida Vieira Abravanel, que morreu devido a câncer no aparelho digestivo, com apenas 38 anos. Juntos, eles tiveram as filhas Cíntia Abravanel e Silvia Abravanel, a última foi adotada.
Já em 1981, Silvio casou com Íris Abravanel, com quem teve quatro filhas: Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata.