Cumprindo pena superior a 33 anos de prisão em Santa Catarina, Marcelo Stoco é suspeito de liderar uma organização criminosa sediada em Curitiba, no Paraná. A ‘Máfia Paranaense’, como ficou conhecida, é apontada como um braço do Comando Vermelho no Sul do país.
Um levantamento do Diep (Departamento de Inteligência do Estado do Paraná) aponta a presença de cinco facções criminosas atuando no sistema carcerário paranaense. O PCC (Primeiro Comando da Capital) é o mais ativo, com dois mil integrantes atuando no Complexo Penitenciário de Piraquara (PR).
O PCC se mantém como a organização criminosa mais poderosa no Paraná, controlando complexos penitenciários como Piraquara e presídios em Cascavel e Londrina. Logo em seguida, a ‘Máfia Paranaense’ se destaca com 140 membros.
Embora sua força seja consideravelmente menor que a do PCC, sua atuação no Estado é significativa. O grupo mafioso paranaense supera outras facções como o PGC (Primeiro Grupo Catarinense), que possui 37 integrantes.
Outras facções identificadas no Paraná incluem o PCP (Primeiro Comando do Paraná) e a máfia carioca ADA (Amigo dos Amigos). Porém, estas facções contam apenas dois membros cada, segundo o relatório do Diep.
‘Máfia Paranaense’ foi responsável por rebelião em Curitiba
Em 2018, a facção criminosa ‘Máfia Paranaense’ organizou uma rebelião na CCC (Casa de Custódia de Curitiba) que durou cinco dias. Eles pediam o retorno de detentos que estão em outros Estados para a casa prisional.
Na época, cinco agentes penitenciários foram rendidos. Um deles foi liberado no primeiro dia da rebelião. Os outros três, somente no terceiro dia, enquanto o último refém foi liberado apenas no último dia da revolta. A rebelião foi a mais longa da história do sistema carcerário do Paraná.
Líder da facção criminosa foi preso em Santa Catarina
Marcelo Stoco cumpre pena total de 33 anos, 11 meses e 10 dias de reclusão, no regime fechado, pela prática dos crimes de tráfico de drogas, de associação para o tráfico, de posse irregular de arma de fogo de uso permitido e de corrupção ativa.
Ele foi preso em Camboriú em novembro de 2009, durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em parceria com a Polícia Militar do Paraná. A operação tinha como objetivo desarticular uma quadrilha de tráfico de drogas que atuava principalmente na região de Curitiba e em Santa Catarina.