Almoço na casa da sogra ou churrascos nos finais de semana são eventos comuns na rotina de muitos casais. Mas nem sempre os relacionamentos são aprovados por familiares. O que fazer quando os parentes não gostam do parceiro(a)?
Em entrevista ao portal Metrópoles, a psicóloga Eulânia Medeiro, comentou que, se a família do seu parceiro(a) não te aceita, é importante não tomar isso como uma ofensa pessoal de imediato. “Cada família possui suas próprias histórias e dinâmicas; muitas vezes, o problema não é com você, mas com questões internas da família.”
Familiares nem sempre aprovam relacionamentos, podendo impactar na rotina do casal – Foto: Pixabay/Divulgação/ND
Como lidar com a desaprovação da família?
A especialista aconselha evitar confrontos e manter uma postura respeitosa, mesmo em situações desconfortáveis. É igualmente importante estabelecer limites de maneira respeitosa quando necessário.
“Crie momentos neutros de convivência, sem forçar intimidade imediata; a confiança leva tempo para se construir”, disse a profissional.
Mantenha um convívio de respeito com os sogros – Foto: Reprodução/ND
Preciso agradar a família do meu parceiro(a)?
Agradar a todos não é uma obrigação, e tentar fazer isso pode gerar grande estresse.
Contudo, a psicóloga enfatiza que o mais importante é o apoio mútuo no relacionamento e que ambos estejam alinhados sobre como lidar com essa questão, sem se sentirem obrigados a mudar apenas para agradar os outros.
Família implica com meu relacionamento
Os pais, muitas vezes, idealizam o parceiro ideal com base em características que acreditam serem compatíveis. Além das vivências deles próprios.
A especialista afirma que conversar com a família é importante. “Explique os motivos pelos quais você escolheu essa pessoa e a importância do respeito pelo seu relacionamento.”
Criar oportunidades para que sua família conheça melhor o parceiro, sem forçar relações, também é essencial.
Crie oportunidades para a família conhecer seu parceiro – Foto: Reprodução/ND
Quando a família interfere no relacionamento?
Há pais que, guiados por um princípio de saúde emocional, entendem a importância de estabelecer limites e respeitam a relação de seus filhos com seus parceiros.
Por outro lado, também existem situações em que o afeto familiar se torna tóxico, controlador ou até autoritário.
Podemos ter divergências sobre a educação de crianças, crenças religiosas ou políticas, ou até mesmo sentir que, para essa família, não somos bons o suficiente.
Afeto familiar pode se tornar tóxico em alguns momentos – Foto: Reprodução/ND
Quando isso nos afeta, o equilíbrio pode ser desestabilizado. Quando a interferência familiar ultrapassa os limites da nossa privacidade e impacta o relacionamento do casal, precisamos enfrentar o desafio de redirecionar a situação de maneira saudável.
Estratégias para o casal
- Comunicação constante com o parceiro: É necessário falar sobre como certas palavras, atos ou circunstâncias nos afetam;
- A situação de cada família é particular: É necessário diferenciar entre o que é aceitável e o que não é, entre o que é compreensível e o que é abuso. Chegue a um acordo com o seu parceiro sobre onde estão os seus limites.
- Mostrar o que fere ou o que incomoda diante daquela sogra que critica, daquele irmão que não aceita ou daquele sogro que quer saber e controlar tudo.
