Assim como em Florianópolis, a campanha eleitoral pela prefeitura de São José depende dos repasses do polêmico Fundo Eleitoral. Dos R$ 4,06 milhões arrecadados pelas cinco candidaturas, R$ 3,66 milhões tem origem em dinheiro público – o que equivalente a 90,1% dos recursos que entraram no caixa das campanhas.
Eleições em São José será majoritamente financiadas com recursos do Fundão – Foto: Moises Stuker/NDTV
Todas as candidaturas foram beneficiadas pelo Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o nome oficial do Fundo Eleitoral, o popular Fundão.
No entanto, a líder disparada nesse ranking de arrecadação é a ex-prefeita Adeliana Dal Pont (PL). Até a manhã desta quarta-feira, entraram R$ 2.604.964 em sua campanha – dos quais, R$ 2,6 milhões foram enviados pelo PL. Isso significa 99,8% de fundo eleitoral em sua campanha.
A segunda maior arrecadação é do prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD), candidato à reeleição. Até agora, foram R$ 558 mil. Desses recursos, R$ 248 mil veio do fundão, mas enviado pelo Republicanos, que integra aliança. Esse valor representa 44,4% da arrecadação do prefeito, que tem como maior doador o próprio prefeito – que doou R$ 250 mil para si mesmo.
Fundo eleitoral está em todas as candidaturas
Colado nele em arrecadação está Moacir da Silva (Podemos), em cujas contas ingressaram R$ 550 mil. Desse valor, R$ 500 mil tem como origem fundo eleitoral enviado pelo Podemos – 90,9% do total.
Candidata do Novo, Vanessa Milis é a quarta em arrecadação em São José, com R$ 219.0006,56. A maior parte desses recursos também é fundo eleitoral enviado pelo partido – R$ 201.556,26. Isso equivale a 92% de recursos arrecadados via dinheiro público.
Quem fecha a lista é Antonio Battisti (PT), que recebeu até agora R$ 136,7 mil. A maior parte também é fundão: R$ 120 mil. Isso significa que a campanha petista tem 87,7% de recursos públicos na campanha.
