

As lembranças da infância moldam os adultos – Foto: Reprodução/ND
As memórias da infância são mais do que simples lembranças, elas moldam quem somos e influenciam diretamente nosso comportamento e desenvolvimento emocional.
Pesquisadores em psicologia apontam que certas experiências deixam marcas tão fortes que podem durar por toda a vida.
Por que lembramos pouco da primeira infância?
Apesar de conseguirmos lembrar de momentos como o primeiro dia de aula ou uma festa marcante, boa parte da nossa infância inicial se perde.
Isso acontece por causa de um fenômeno chamado amnésia infantil, que explica por que temos tão poucas memórias dos primeiros anos de vida.
Ainda assim, estudos mostram que os bebês já são capazes de reconhecer rostos e criar vínculos emocionais desde os primeiros dias.

Momentos em família, como refeições, são lembranças da infância importantes – Foto: Reprodução/ND
À medida que crescem, suas memórias passam de sensoriais (sons, cheiros e imagens) para memórias episódicas, aquelas que constroem histórias e ajudam a entender o mundo.
Essa evolução depende não só do desenvolvimento biológico, mas também do ambiente em que a criança está inserida, especialmente das relações familiares.
As lembranças da infância que mais impactam
Momentos de qualidade com a família
Momentos simples, como refeições em família, brincadeiras ou passeios, ajudam a criar um senso de pertencimento e segurança.
São essas vivências que formam a base da identidade e dos valores de uma criança.
Autonomia
Deixar a criança enfrentar desafios sozinha, como andar de bicicleta ou preparar algo simples na cozinha, faz com que ela desenvolva autoconfiança, senso de responsabilidade e pensamento crítico.

Lembranças da infância geradas por atividades de autonomia faz com que ela desenvolva autoconfiança, senso de responsabilidade e pensamento crítico – Foto: Reprodução/ND
Aprender pela prática tem um efeito muito mais duradouro do que apenas ouvir instruções.
Amor e segurança emocional
Palavras de carinho, abraços e apoio constante constroem a base da segurança emocional.
Crianças que se sentem amadas desenvolvem mais resiliência e autoestima, além de se tornarem adultos mais seguros.
Admitir erros
Quando os pais reconhecem seus próprios erros e pedem desculpas, passam uma mensagem poderosa: errar faz parte da vida e assumir responsabilidades é um sinal de maturidade.
Esse exemplo é internalizado pelas crianças e se reflete nos relacionamentos que elas constroem no futuro.
Apoio nas falhas
Ninguém acerta sempre e é justamente no erro que surgem grandes oportunidades de aprendizado.

Receber apoio é uma das lembranças da infância mais importantes – Foto: Reprodução/ND
Crianças que são apoiadas quando falham, em vez de serem criticadas, crescem mais confiantes e dispostas a tentar de novo.
Isso fortalece a chamada autoeficácia, conceito do psicólogo Albert Bandura, que define a crença na própria capacidade de superar desafios.
No fim das contas, o que fica?
Mais do que grandes eventos ou presentes, são os pequenos gestos do dia a dia, como amor, apoio, convivência e oportunidades para aprender.
São esse que realmente constroem as memórias mais valiosas da infância e moldam adultos mais fortes, empáticos e resilientes.