
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, não participarão pessoalmente das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia marcadas para esta quinta-feira (15) em Istambul, Turquia.
A decisão foi confirmada por dois funcionários da Casa Branca à CNN, após o Kremlin divulgar a lista de sua delegação, sem incluir Putin.
Trump, em viagem pelo Oriente Médio, descartou mudar sua agenda, que inclui paradas no Catar e Emirados Árabes, mesmo após sugerir publicamente que poderia comparecer se Putin estivesse presente.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (14) que a posição de seu país nas negociações dependeria de quem representasse a Rússia.
“Estamos prontos para qualquer tipo de negociação para acabar com a guerra”, declarou, referindo-se ao conflito iniciado com a invasão russa em fevereiro de 2022.
Zelensky já havia pedido que Putin participasse pessoalmente, mas o líder russo manteve silêncio público sobre o assunto.
Composição da delegação russa
Segundo comunicado no site oficial da presidência russa, a equipe será chefiada pelo assessor presidencial Vladimir Medinsky, que liderou diálogos anteriores em Istambul em 2022.
Integram o grupo Mikhail Galuzin (vice-chanceler), Alexandre Fomin (vice-ministro da Defesa) e Igor Kostyukov (chefe de inteligência militar).
Especialistas em áreas como política humanitária e cooperação militar também foram incluídos.
Contexto das negociações
As conversas em Istambul ocorrem três anos após o último encontro presencial entre os países em guerra.
O Kremlin afirmou que discutirá “questões políticas e técnicas” com a Ucrânia, mas evitou detalhar o formato do diálogo.
Enquanto isso, Trump alimentou a dúvida sobre sua participação até o último momento, declarando a jornalistas a bordo do Air Force One: “Putin gostaria que eu estivesse lá, e é uma possibilidade. Não significa que eu não faria isso para salvar muitas vidas”.