Fãs de Luigi Mangione foram às ruas protestar contra o pedido de pena de morte ao assassino do CEO – Foto: Reprodução/ND
Fãs leais a Luigi Mangione se reuniram do lado de fora do tribunal federal em Manhattan, protestando contra o pedido de pena de morte no julgamento do acusado pelo assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson.
Mangione, de 26 anos, apresentou sua defesa nesta sexta-feira (25) usando um uniforme bege de presidiário. Ele enfrenta quatro acusações relacionadas a assassinato, perseguição e porte ilegal de arma após o ataque fatal ocorrido em 4 de dezembro.
“Não sou culpado”, declarou ele diante do juiz. A declaração marca o início de um processo em que promotores federais já indicaram a intenção de solicitar a pena capital.
Do lado de fora, cerca de 20 apoiadores se manifestaram com cartazes e fantasias, demonstrando solidariedade ao réu e rejeitando a possibilidade da pena máxima.
Fantasiados de Luigi, personagem de Mario Bros, fãs se reuniram em frente ao tribunal em Nova York – Foto: Reprodução/ND
“Luigi é um bode expiatório”, disse April Smith, de 49 anos, que viajou de Long Island City para demonstrar apoio, vestindo cílios dourados, uma camisa com lantejoulas e botas Ugg.
Ela revelou que foi motivada a comparecer ao tribunal ao saber que Luigi Mangione pode enfrentar a pena de morte. Seu pai, ex-agente penitenciário em Joliet, contava histórias de abusos no corredor da morte.
“A pena de morte é desumana”, afirmou Smith. “Espero que ele encontre as pessoas certas para ajudá-lo a sair dessa situação.”
Clima de apoio e resistência marca protesto em defesa de Luigi Mangione
A presença de fãs de Luigi Mangione do lado de fora do tribunal deu um tom incomum à audiência, com clima carnavalesco, ainda que menos intenso que o de sessões anteriores.
Alguns apoiadores vestiam roupas verdes em alusão ao personagem Luigi, da Nintendo, e seguravam cartazes com a frase “Negar, Adiar, Depor”, crítica frequente ao setor de seguros de saúde.
Simpatizantes alegam que pena de morte é ‘desumana’ – Foto: Reprodução/ND
O slogan se tornou símbolo do caso após a descoberta de munições com essa mensagem na cena do crime, alimentando teorias de motivação contra a indústria seguradora. A história recente de Mangione é cercada de polêmicas.
Dentro da sala de audiência, Mangione aparentava estar tranquilo e chegou a escrever bilhetes durante a sessão. Um deles arrancou risos de uma assistente jurídica de seu advogado, Marc Agnifilo.
Além do processo federal, Luigi Mangione também responde por acusações no tribunal estadual de Manhattan, incluindo assassinato como ato de terrorismo, o que pode resultar em prisão perpétua sem direito a liberdade condicional.
