
A madrugada de terça-feira (18) foi marcada por uma nova escalada de ataques na Faixa de Gaza. As Forças de Defesa de Israel realizaram uma ofensiva aérea de grande proporção contra alvos do Hamas, no que se tornou a primeira grande ação militar desde o cessar-fogo estabelecido em janeiro.
O governo israelense justificou os ataques alegando que o grupo terrorista se recusou a libertar reféns e rejeitou todas as propostas em negociação. Em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que Israel intensificará sua resposta militar contra o Hamas e manterá a ofensiva pelo tempo que considerar necessário.
Testemunhas relataram à ‘Reuters’ uma sequência de explosões ao longo do território palestino, com bombardeios atingindo a Cidade de Gaza, Deir Al-Balah, Khan Younis e Rafah. O Ministério da Saúde de Gaza — controlado pelo Hamas — afirmou que o número de vítimas fatais foi de 326 pessoas.

Entre os alvos dos ataques estava Mahmoud Abu Watfa, apontado como um funcionário de alto escalão do setor de segurança do Hamas. O grupo acusou Israel de romper unilateralmente com o cessar-fogo e alertou para o risco de os reféns sob seu controle enfrentarem um “destino incerto”.
Diante da ofensiva, o governo israelense impôs restrições a comunidades próximas à Faixa de Gaza, incluindo a suspensão de aulas e o reforço da segurança nessas áreas.
O cessar-fogo vigente desde 19 de janeiro previa a interrupção dos ataques e a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. A primeira fase do acordo expirou em 1º de março, e as negociações para sua prorrogação fracassaram. Como resposta, Israel bloqueou a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Atualmente, mediadores do Egito, Catar e Estados Unidos tentam avançar para uma segunda etapa da trégua.
Conflito entre Israel e Hamas
A guerra entre Israel e Hamas teve início em 7 de outubro de 2023, quando o grupo terrorista lançou um ataque sem precedentes contra Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando mais de 200 reféns. A resposta israelense foi imediata, com uma campanha militar intensiva na Faixa de Gaza, resultando em milhares de mortes e uma grave crise humanitária.
Desde então, o conflito tem se intensificado com sucessivos bombardeios e operações terrestres. A guerra não apenas devastou Gaza, mas também gerou tensões diplomáticas globais, com potências como Estados Unidos, Egito e Catar tentando intermediar cessar-fogos e negociações de reféns. No entanto, a instabilidade persiste, e um acordo de paz definitivo ainda parece distante.