
Heron Teixeira Pena Vieira entrou para o quadro de servidores da Polícia Militar em 2008. Atualmente, estava como 3° sargento da Força Tática. Advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, foi morto a tiros em julho de 2024
Divulgação
O sargento da Polícia Militar Heron Teixeira Pena Vieira é um dos cinco policiais investigados por envolvimento no assassinato do advogado Renato Nery. Ele teve o mandado de prisão decretado pela Justiça, mas está foragido. A polícia tenta descobrir qual era o papel de Heron na dinâmica do crime.
Nesta quinta-feira (6), a polícia deflagrou uma operação que teve como objetivo cumprir mandados de prisão temporária contra investigados no assassinato, incluindo Heron. Quatro militares do estado e um caseiro, apontado como executor do crime, foram presos.
Conforme o Portal Transparência, Heron entrou para o quadro de servidores de Mato Grosso em 2008. Atualmente, está lotado como 3° sargento da Força Tática, na capital, atuando no setor de inteligência. O salário mensal, conforme o portal, é de R$ 11.666,27.
Heron também foi alvo da ‘Operação Simulacrum’, que investigou um grupo de mais de 60 policiais militares suspeitos de 24 mortes em simulações de confrontos e foi denunciado pelo Ministério Público.
Em nota, a PM informou que a Corregedoria-Geral está acompanhando os fatos e que a instituição “não coaduna com nenhum tipo de crime, seja dentro da corporação ou fora dela”.
Assassinato de Renato Nery
Advogado é baleado durante atentado em frente a escritório de Cuiabá
Renato foi baleado quando chegava no escritório dele, em julho de 2024. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão.
O delegado Bruno Abreu Magalhães disse que a perícia colheu informações no escritório da vítima e analisou imagens para tentar identificar o atirador. O celular de Renato também foi apreendido.
“É um caso de execução. Esse executor já estava esperando a vítima. Ele [advogado] sai do carro e quando chega próximo ao escritório é atingido”, disse o delegado.
O advogado morreu um dia após ser baleado. O corpo dele foi sepultado em Cuiabá, na manhã do dia 7 de julho. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens.
Ele foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e conselheiro Federal da OAB, na gestão 1989 – 1991.
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