
Nem a cobra mais venenosa do Brasil aguentou o calor e invadiu uma loja em Gaspar, no Vale do Itajaí, nesta terça-feira (4). O Corpo de Bombeiros Militar foi chamado pelos funcionários que avistaram uma cobra coral-verdadeira caindo do ar-condicionado por volta das 8h52.
O caso inusitado ocorreu na rua Industrial José Beduschi. Segundo os funcionários da loja, a cobra estava no sistema de circulação de ar, na entrada do estabelecimento comercial. Após a captura do animal, a serpente foi devolvida à natureza.
Esse foi o segundo caso de aparecimento de cobras no Vale do Itajaí, nesta terça-feira (4). Em Blumenau, uma menina de 7 anos precisou ser levada ao hospital após ser picada por uma cobra venenosa. O caso aconteceu no quintal da casa da criança.
Por volta das 8h45, os familiares da menina a levaram para o Grupamento de Bombeiros Militar do bairro Garcia, onde relataram o incidente envolvendo a picada de uma serpente, possivelmente da espécie jararacuçu.
Menina foi picada por cobra no quintal de casa
Sob os cuidados dos bombeiros, a criança foi avaliada e estava consciente e orientada, com sinais vitais normais, apresentando apenas um ferimento no calcanhar direito, causado pela picada da serpente.
De acordo com relatório do Corpo de Bombeiros Militar, o incidente com a cobra peçonhenta ocorreu cerca de 40 minutos antes da chegada no Grupamento.
A vítima recebeu os primeiros cuidados e foi encaminhada em estado estável ao Hospital Santo Antônio, onde recebeu avaliação médica especializada.
Coral verdadeira, a cobra mais venenosa do Brasil
A cobra coral-verdadeira, da espécie Micrurus corallinus, tem o veneno considerado o mais letal do Brasil, pela velocidade que se espalha pela corrente sanguínea e a gravidade dos danos causados ao sistema nervoso.
A cobra mais venenosa do Brasil se alimenta de outras serpentes, podendo comer até outras espécies, como cobras-d’água e dormideira. Elas costumam ficar próximas do solo.

Cobra coral-verdadeira- Foto: Instituto Butantan/Reprodução/ND
No Brasil, 30 espécies de corais verdadeira e mais de 60 espécies de corais “falsas” podem ser encontradas.
De acordo com o Departamento de Botânica da USP (Universidade de São Paulo), as corais “falsas” imitam as cores e listras das verdadeiras para afastar possíveis predadores.
Entretanto, elas não apresentam peçonha ou, se apresentam, não são letais aos seres humanos.