Walter Salles faz história: veja a trajetória do cineasta que ganhou o primeiro Oscar do Brasil

A semana é de comemoração para o povo brasileiro. Não só por conta do Carnaval, mas também pelo histórico e inédito prêmio do Oscar, maior evento da indústria do Cinema.
E ainda abriu caminho para que Fernanda Torres – com uma atuação impagável – concorresse ao Oscar de Melhor Atriz. Dessa forma, vamos contar a história de Walter Salles, um dos melhores cineastas do mundo e que, agora, entra de vez para a história.
Além do reconhecimento artístico, Salles se destaca como um dos cineastas mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 4,2 bilhões (R$ 24,8 bilhões no câmbio atual), figurando atrás apenas de Steven Spielberg e George Lucas.
Filho do banqueiro Walther Moreira Salles (foto), fundador do Unibanco e ex-ministro da Fazenda do Brasil, Walter Salles diversificou seus investimentos ao longo dos anos, tornando-se acionista de grandes empresas, como a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e a Alpargatas, produtora das sandálias Havaianas.
Sua trajetória acadêmica inclui estudos em economia na PUC-RJ e em comunicação audiovisual na Universidade do Sul da Califórnia. Seu irmão, João Moreira Salles (foto), também se tornou cineasta de renome, reforçando o legado da família no campo cultural e intelectual.
Embora tenha sido distribuído pela Miramax, ainda uma empresa pequena na época, o filme não conseguiu uma indicação ao Oscar. No entanto, foi um marco inicial para sua jornada de reconhecimento global.
O filme venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim, além de ser premiado no BAFTA e no Globo de Ouro.
Foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Fernanda Montenegro concorreu ao prêmio de Melhor Atriz, tornando-se a primeira atriz latino-americana a receber essa indicação.
Ambientado no sertão nordestino em 1910, o filme narra a história de um jovem que é incentivado por seu pai a vingar a morte do irmão, seguindo uma tradição de disputas entre famílias rivais.
A produção recebeu indicações ao Globo de Ouro e ao BAFTA, consolidando ainda mais o nome de Salles como um dos principais diretores brasileiros da atualidade.
A produção foi um grande sucesso mundial, vencendo o Oscar de 2005 de Melhor Canção Original e sendo amplamente elogiada pela crítica.
Eunice teve o marido, Rubens Paiva, desaparecido pelo regime militar, e sua trajetória é marcada pela luta incansável pelos direitos humanos e pela democracia. A produção foi amplamente elogiada por sua abordagem emotiva e sua relevância histórica, resultando no primeiro Oscar do Brasil. Foi na categoria de Melhor Filme Internacional.
Seu estilo narrativo se caracteriza por uma estética realista, um forte trabalho com atores e uma abordagem que privilegia o drama humano em suas múltiplas dimensões.
Além disso, o reconhecimento de Salles transcende o cinema nacional. Afinal, em 2003, foi eleito um dos 40 melhores diretores do mundo pelo jornal britânico The Guardian.
Sua filmografia, composta por cerca de 20 produções entre documentários e ficções, comprova seu compromisso com narrativas envolventes e de grande impacto cultural.
Com uma carreira consolidada e um legado marcante, Walter Salles continua sendo uma das vozes mais importantes do cinema brasileiro. Sua habilidade em contar histórias profundamente humanas e sua visão cinematográfica singular garantiram-lhe um lugar de destaque na história do cinema.
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