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Passageiros do voo LA3192 da Latam enfrentaram uma espera de mais de 1h30 dentro da aeronave, em São Paulo, na manhã desta quarta-feira (28), antes da decolagem prevista para as 8h10 com destino a Porto Seguro. A situação foi causada por uma sequência de problemas operacionais, gerando indignação e protestos a bordo.
O primeiro contratempo ocorreu devido a um passageiro que chegou atrasado ao check-in, mas já havia despachado sua bagagem. Para cumprir os protocolos de segurança, a Latam precisou localizar e remover a mala do compartimento de carga, o que gerou o primeiro atraso.
Na sequência, a tripulação foi informada de que precisaria ser substituída, pois os atuais profissionais estavam próximos de exceder o limite permitido de horas de trabalho. Os passageiros tiveram que permanecer dentro do avião enquanto aguardavam a chegada da nova equipe.
Quando a troca de tripulação foi concluída, surgiu um novo problema: o voo estava com cinco passageiros a mais do que o permitido. Para evitar o cancelamento da viagem, a companhia solicitou que voluntários desembarcassem, prometendo compensação financeira. Caso ninguém aceitasse, o voo poderia ser suspenso.
A situação gerou revolta, especialmente porque, além da espera prolongada, caso cinco passageiros concordassem em sair, haveria um novo atraso para a retirada de suas bagagens do compartimento de carga. “A companhia deveria ter começado por desembarcar esse pessoal já em vez de oferecer dinheiro pra os outros passageiros saírem e ameaçar que o voo seria cancelado. Agora mais 1 a 2 horas pra tirar as bagagens desses passageiros. São 10h e o povo aqui suando dentro do avião com mais de 2 horas parado na pista”, disse ao iG um passageiro que não quis se identificar.
O episódio expôs falhas no planejamento da companhia aérea e reacendeu o debate sobre o overbooking, prática polêmica ainda recorrente no setor. O Portal iG entrou em contato com a Latam, mas não obteve resposta até a última atualização desta matéria.
Passageiros prejudicados podem registrar reclamações junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e ao Procon, exigindo seus direitos diante dos transtornos. O iG mostrou nesta semana que consumidores têm uma série de garantias previstas em lei em casos de problemas com voos.