Adolescente bate moto aquática em barco de mergulhador e causa prejuízo de mais de R$ 22 mil; VÍDEO


Mergulhador estava na embarcação no momento do acidente na Praia da Enseada, em Guarujá (SP). Adolescente em moto aquática bate em barco de mergulhador; ASSISTA
Um adolescente, que pilotava uma moto aquática sem habilitação, perdeu o controle do veículo e bateu em um barco em Guarujá, no litoral de São Paulo. O dono da embarcação atingida, um mergulhador profissional de 50 anos, alega ter sofrido um prejuízo superior a R$ 22 mil. Um vídeo gravado por ele mostra o momento da colisão (assista acima).
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O acidente aconteceu na Praia da Enseada. O dono do barco, que preferiu não se identificar, trabalha resgatando objetos perdidos no mar. Segundo ele, a moto aquática era alugada e conduzida por um adolescente de 16 anos que levava um homem na garupa. De acordo com a Marinha do Brasil, apenas pessoas acima dos 18 anos podem tirar a habilitação (veja adiante).
O mergulhador estava no barco enquanto um colega procurava os objetos no fundo do mar. De acordo com ele, o adolescente fazia “gracinhas para lá e para cá” até perder o controle da moto aquática e causar a colisão. Não há informações sobre feridos.
“Para a minha surpresa, o cara veio para cima de mim [durante as manobras]. Bateu [a moto aquática] e quebrou meu motor”, disse o mergulhador.
Procurada pelo g1, a empresa de locação das motos aquáticas afirmou que não vai se manifestar. A equipe de reportagem não localizou os demais envolvidos no acidente.
Dono do barco relata prejuízo superior a R$ 22 mil
Reprodução
Prejuízo de R$ 22 mil
As imagens foram gravadas no ano passado, mas vieram à tona apenas nesta semana, quando o mergulhador fez uma publicação no Instagram.
O homem relatou ter procurado a empresa de locação para ter os danos reparados. Segundo ele, a companhia deu peças de 2006 para que o motor fosse arrumado. O equipamento, porém, é datado de 2019.
“Eu acreditei no cara, fui embora para a minha casa. Quando chegou o orçamento do motor, deu R$ 22 mil […]. Aí, minha vida virou de cabeça para baixo”, desabafou ele, que não utilizou as peças enviadas.
O mergulhador também entrou em contato com a mãe do adolescente, que é diarista e não conseguiu arcar com os custos. Ele disse ter comprado um novo motor, mas de qualidade inferior, por R$ 17 mil. Em relação à estrutura amassada da popa, gastou cerca de R$ 2 mil no conserto.
Motor de mergulhador ficou danificado por causa da colisão em Guarujá (SP)
Arquivo pessoal
Regras
O g1 apurou que há regras para a utilização de motos aquáticas nas praias. Segundo a Marinha do Brasil, o condutor deve ter uma habilitação amadora de motonauta, emitida pela Capitania dos Portos, cuja validade é de 10 anos. Apenas quem tem 18 anos ou mais pode obter tal certificação. Para quem tem mais de 65 anos, ela vale por metade do tempo.
As motos aquáticas usadas em atividades de esporte e recreio só podem navegar a partir de 200 metros da linha de base, definida na arrebentação das ondas em praias litorâneas. Segundo a Marinha, essa é uma medida crucial para resguardar a integridade física das pessoas.
Vídeo mostra ação de moto aquática em Guarujá (SP)
Reprodução
“É imperativo destacar que o trânsito da moto aquática entre o ponto de entrada/saída d’água e a linha de base deve ocorrer perpendicularmente a essa, e com uma velocidade baixa, abaixo de três nós”, declarou a Marinha, por meio de nota.
A Marinha do Brasil incentiva o envio de fotos e a identificação da inscrição da moto aquática, disponibilizando o telefone 185 como canal oficial de denúncias.
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