O ‘Apito do Meio-dia’, como é conhecido, segue fazendo parte do cotidiano de quem passa pelo Calçadão da Rua Halfeld, no Centro da cidade, para anunciar 12h. Tradição e história: sinal sonoro avisa que chegou 12h em Juiz de Fora
Um sinal sonoro criado para avisar aos trabalhadores das indústrias juiz-foranas que estava no horário do almoço também foi o ruído para anunciar o início e o fim da Segunda Guerra Mundial, novos papas, conquistas da seleção brasileira na Copa do Mundo e viradas de ano.
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Um século depois, o ‘Apito do Meio-dia’, como é conhecido, segue fazendo parte do cotidiano de quem passa pelo Calçadão da Rua Halfeld, no Centro de Juiz de Fora, para avisar que o meio do dia está chegando.
A campainha fica na cobertura da Galeria Pio X, no Centro da cidade, e é acionada de segunda a sábado às 11h59m30s pelo chaveiro César Lourenço, de 76 anos, que recebeu a missão há cerca de 10 anos.
Comerciante na galeria Pio X há 52 anos, ele acompanhou o crescimento da cidade, o avanço tecnológico e as mudanças do centro comercial.
“É uma tradição que Juiz de Fora merece. Todo dia meio-dia tem que tocar. Então vou lá e toco de segunda a sábado. No dia 31 de dezembro a gente deixa tocando por uns dois minutos para manter a tradição de que um novo ano está chegando”, conta.
Neste domingo (16), segundo informações da Prefeitura de Juiz de Fora, o apito completa 100 anos. Alguns registros históricos, no entanto, indicam que ele tenha começado a funcionar em 1927 no lugar onde se mantém instalado até os dias atuais.
‘Apito do Meio-dia’
Sinal é marca da indústria e comércio de Juiz de Fora
Segundo o professor de história, Antônio Henrique Carvalho, apesar do sinal sonoro ter sido tocado em momentos específicos durante os 100 anos, o acionamento no horário do almoço está diretamente ligado com a identidade e marca de Juiz de Fora, que se desenvolveu a partir das indústrias e comércios.
“Nossa mineiridade está atravessada por essa noção de trabalho muito forte, então a gente tem essa marca diferencial, por exemplo, quando você vai em São João del Rei, Ouro Preto, cidades em que a marca do tempo é muito vinculada ao tempo religioso, com os sinos, aqui em Juiz de Fora esse horário de saída para o almoço ficou como uma referência nossa, então é a nossa identidade, coisas que nos pertencem”, afirma.
O ‘Apito do Meio-Dia’ foi o primeiro bem imaterial a ser registrado, em decreto de agosto de 2004. Além disso, a Galeria Pio X é um bem tomado da cidade.
Apito do meio-dia completa 100 anos em Juiz de Fora
Fim da Segunda Guerra e vitórias na Copa
Inicialmente instalado no Colégio Cristo Redentor, em 1922, o sinal surgiu para comemorar o centenário da Independência e, por um ano, tocou 30 segundos antes do meio-dia como uma maneira de separar a manhã da tarde e de os trabalhadores entenderem que estava na hora do almoço.
Tempos depois, a campainha foi inaugurada por Arthur Vieira, então proprietário da joalheria Meridiano, para seguir a tradição. Desde então, anunciou o início e o fim da Segunda Guerra Mundial, saudou novos papas, comemorou conquistas da seleção na Copa do Mundo e marcou viradas de ano.
Durante a guerra, o sinal foi silenciado por um decreto presidencial que limitou esse tipo de aviso sonoro no país para impedir que o apito se confundisse com alarmes de ataques aéreos.
A tradicional sirene voltou a ser escutada em Juiz de Fora no dia 8 de maio de 1945, às 10h, quando a guerra acabou. Desde então continua soando pontualmente.
Memória MG: 100 anos do apito do meio-dia em Juiz de Fora
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VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes
Um sinal sonoro criado para avisar aos trabalhadores das indústrias juiz-foranas que estava no horário do almoço também foi o ruído para anunciar o início e o fim da Segunda Guerra Mundial, novos papas, conquistas da seleção brasileira na Copa do Mundo e viradas de ano.
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Um século depois, o ‘Apito do Meio-dia’, como é conhecido, segue fazendo parte do cotidiano de quem passa pelo Calçadão da Rua Halfeld, no Centro de Juiz de Fora, para avisar que o meio do dia está chegando.
A campainha fica na cobertura da Galeria Pio X, no Centro da cidade, e é acionada de segunda a sábado às 11h59m30s pelo chaveiro César Lourenço, de 76 anos, que recebeu a missão há cerca de 10 anos.
Comerciante na galeria Pio X há 52 anos, ele acompanhou o crescimento da cidade, o avanço tecnológico e as mudanças do centro comercial.
“É uma tradição que Juiz de Fora merece. Todo dia meio-dia tem que tocar. Então vou lá e toco de segunda a sábado. No dia 31 de dezembro a gente deixa tocando por uns dois minutos para manter a tradição de que um novo ano está chegando”, conta.
Neste domingo (16), segundo informações da Prefeitura de Juiz de Fora, o apito completa 100 anos. Alguns registros históricos, no entanto, indicam que ele tenha começado a funcionar em 1927 no lugar onde se mantém instalado até os dias atuais.
‘Apito do Meio-dia’
Sinal é marca da indústria e comércio de Juiz de Fora
Segundo o professor de história, Antônio Henrique Carvalho, apesar do sinal sonoro ter sido tocado em momentos específicos durante os 100 anos, o acionamento no horário do almoço está diretamente ligado com a identidade e marca de Juiz de Fora, que se desenvolveu a partir das indústrias e comércios.
“Nossa mineiridade está atravessada por essa noção de trabalho muito forte, então a gente tem essa marca diferencial, por exemplo, quando você vai em São João del Rei, Ouro Preto, cidades em que a marca do tempo é muito vinculada ao tempo religioso, com os sinos, aqui em Juiz de Fora esse horário de saída para o almoço ficou como uma referência nossa, então é a nossa identidade, coisas que nos pertencem”, afirma.
O ‘Apito do Meio-Dia’ foi o primeiro bem imaterial a ser registrado, em decreto de agosto de 2004. Além disso, a Galeria Pio X é um bem tomado da cidade.
Apito do meio-dia completa 100 anos em Juiz de Fora
Fim da Segunda Guerra e vitórias na Copa
Inicialmente instalado no Colégio Cristo Redentor, em 1922, o sinal surgiu para comemorar o centenário da Independência e, por um ano, tocou 30 segundos antes do meio-dia como uma maneira de separar a manhã da tarde e de os trabalhadores entenderem que estava na hora do almoço.
Tempos depois, a campainha foi inaugurada por Arthur Vieira, então proprietário da joalheria Meridiano, para seguir a tradição. Desde então, anunciou o início e o fim da Segunda Guerra Mundial, saudou novos papas, comemorou conquistas da seleção na Copa do Mundo e marcou viradas de ano.
Durante a guerra, o sinal foi silenciado por um decreto presidencial que limitou esse tipo de aviso sonoro no país para impedir que o apito se confundisse com alarmes de ataques aéreos.
A tradicional sirene voltou a ser escutada em Juiz de Fora no dia 8 de maio de 1945, às 10h, quando a guerra acabou. Desde então continua soando pontualmente.
Memória MG: 100 anos do apito do meio-dia em Juiz de Fora
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