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A mulher suspeita de matar três pessoas, da própria família, com bolo envenenado no Rio Grande do Sul, foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira (13). Deise Moura dos Anjos foi encontrada sem vida durante revista na cela em que estava na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
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Deise Moura dos Anjos era suspeita de ter matado familires por desavenças pessoais – Foto: Reprodução Redes Sociais
Em nota enviada ao ND Mais, a Polícia Penal do Rio Grande do Sul informou que acionou o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) assim que constatou a ausência de sinais vitais na detenta.
“Imediatamente, os servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência que, ao chegar no local, constatou o óbito”, diz a nota.
Segundo a Polícia Penal, Deise estava sozinha na cela. As circunstâncias serão apuradas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias.
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Bolo envenenado foi servido para a família na véspera de Natal – Foto: Reprodução/ND
Relembre caso envolvendo bolo envenenado
Uma disputa familiar de duas décadas pode ter motivado o envenenamento de um bolo que matou três pessoas em Torres, no Rio Grande do Sul. Deise Moura dos Anjos, apontada como a principal suspeita, teria agido em razão de um antigo desentendimento com a sogra, Zeli dos Anjos, que preparou o bolo.
Durante a investigação, a polícia encontrou altas concentrações de arsênio em amostras do bolo e nos corpos das vítimas. A substância tóxica teria sido misturada à farinha utilizada na receita, em uma quantidade até 2,7 mil vezes maior que o limite aceitável.
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Maida, Tatiana e Neuza morreram após comer bolo em confraternização em Torres – Foto:Record/ND
Três mulheres morreram após comer o bolo envenenado: Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos; Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47 anos; e Maida Berenice Flores da Silva, de 59 anos.
Os agentes investigam se a morte do ex-marido de Zeli, ocorrida em setembro de 2024 por intoxicação alimentar, está relacionada ao caso do bolo que matou três pessoas.
A Polícia Civil aguarda os resultados da exumação do corpo para confirmar se há conexão entre as mortes. É possível que a perícia identifique substâncias como arsênio no corpo, mesmo após três meses após a morte do sogro da suspeita.